perto de casa tem uma ferinha
tem milhares de bancas e muita coisa saudavel sempre acabo indo na que frita pastel na hora e encontro o mesmo senhor aficcionado por aquele lanche que pinga gordura
– que coisa bonita é frita um pastel
o velho deve ser biruta
faço o pedido pastel de presunto e queijo me lembra os que minha vo fazia na infancia epoca em que pensava em vende los na beira da praia e fica rico
aqui estou e sigo para a banca de salgadinhos eles tambem vende pao
uma moça resolve faze um test drive dos pao na impossibilidade de come um pedaço de cada ela aperta amassa expreme afofa ela estraga todos pao e motiva a dona da banca e coloca uma placa ‘favor nao apertar os pao’
ja gastei 8 reais dos 10 que tenho no bolso me sobra a banca dos japones
a comunicaçao é complicada eles nao falam portugues a linguagem dos sinais é o que salva a patria mais complicada ainda é a negociaçao pechincha com essa gente nao é facil tem que abri o olho no final das conta levei um misero rolinho primavera e me sobro 50 centavos em 5 moedas de 10
odeio moedas
odeio baratas e descobri que na ferinha ta cheio delas talvez por causa dos inumeros boeros por todos os lados e pela comida que dexam cai fica no chao
agora vejo uma barata das grauda maior que meu dedao e faço mensao de dizer ‘barata’ quando ela chega ao lado da japonesa da banca mas ela nao entende portugues eu nao sei fala barata em japones e fico em silencio imobilizado diferente da barata que subiu pelo sapato dela e entro na calça
que pavor
me senti mal e nao falei nada fui pra casa come meu pastel senti o gosto da barata no rolinho primavera quase vi as patinhas dela senti nojo nunca mais vo na ferinha ate semana que vem
gostei do seu estilo leve pra fala das coisas do cotidiano parabens
kkkkkkkkkkkk.. Excelente!
“nunca mais vou na ferinha até semana que vem” … iradooooouuuuuu !!!!!!